A própria palavra soa bem. Dividendos!
Não sei porquê, mas quando a oiço ou a pronuncio soa-me a algo positivo. Desde sempre, desde criança. Fosse em que contexto fosse ou em que idade, sempre associei dividendos a algo bom.

Com o tempo assimilei o conceito de que dividendos era um resultado a distribuir. Uma qualquer coisa que resultava bem e por isso permitia distribuir um dinheiro.

Entretanto, já nos últimos anos, tomei dividendos como um sinal que as empresas davam a si mesmas em coerência com a sua sustentabilidade. Por outras palavras, se as empresas estão bem com o passar do tempo é natural que promovam a distribuição de dividendos.

É verdade que os sócios e acionistas das empresas podem optar por manter na empresa o dinheiro ganho, capitalizando-as mas, será que é isso o fluxo natural da vida empresarial?
Não creio.

Pode o lucro não ser distribuído num ano ou noutro, num par de anos ou mais até, mas, em determinado momento a política de dividendos tem de sobressair como corolário da saúde económica e financeira da empresa.

Porém, o que sucede na maioria dos casos – creio seriamente no que vou escrever – é que as empresas não distribuem dividendos porque não têm saúde para isso.
Até podem ter resultados positivos, mas não é o mesmo que ter condições para distribuir dividendos.

Por isso, a minha mensagem aqui expressa tem duas faces. Por um lado, de felicitação para todos os empresários que promovem a distribuição de dividendos porque as suas empresas estão com saúde. Mas, por outro lado, faço um alerta para todas as contas das empresas que, apesar de terem resultados positivos não distribuem dividendos, ano após ano.

Se num caso devemos felicitar porque temos as empresas a funcionar como um relógio, por outro lado temos de alertar porque temos uma bomba-relógio.

Felicidades.

José Miguel MM